terça-feira, 17 de maio de 2011

Questões de Fisiologia...

1 – Quais as áreas encontradas na medula espinhal e as funções que esta estrutura desempenha?
Abaixo do bulbo, o sistema nervoso central se continua com a medula espinal. A medula desempenha duas principais funções: conduz os impulsos nervosos para o encéfalo e do encéfalo; e processa informações sensitivas de uma forma limitada. A medula espinal atravessa o canal vertebral das vértebras e estende-se desde o forame magno do crânio até o nível da L1 ou L2. A partir desse nível, um delgado filamento fibroso das meninges espinais denominado filamento terminal se continua da ponta da medula espinal.
No final da medula espinal, o conjunto de raízes nervosas lombares e sacrais possui a aparência de um rabo de cavalo, e por isso denominado de cada eqüina. A medula espinal apresenta duas regiões dilatadas, a intumescência cervical e a intumescência lombar. Uma fissura profunda, longitudinal (fissura mediana anterior) se forma na superfície ventral da medula espinal. Posteriormente, um raso sulco longitudinal (sulco mediano posterior). A medula espinal está envolvida pelas mesmas três meninges que envolvem o encéfalo. A medula, como o encéfalo consiste de áreas de substância branca e cinzenta, no entanto, a substância cinzenta (formato de H) da medula está localizada centralmente e circundada por substância branca. Grupos de fibras nervosas denominadas raízes dorsais entram na medula espinal onde os ápices das colunas posteriores de substância cinzenta se tornam próximos da superfície da medula. Da mesma maneira, grupos de fibras nervosas denominadas raízes ventrais deixam a medula onde os ápices das colunas anteriores se tornam próximos da sua superfície.  A união das raízes ventrais e dorsais constitui
o nervo espinal. Dilatações que se localizam próximo aos forames intervertebrais são denominados gânglios espinais. 
Outra resposta:
medula espinhal é a porção alongada do sistema nervoso central, que se inicia logo abaixo do bulbo, no forame magno, atravessando o canal das vértebras, estendendo-se até a primeira ou segunda vértebra lombar, atingindo entre 44 e 46 cm de comprimento. A medula espinhal ocupa toda a extensão do canal vertebral no indivíduo adulto. Da ponta da medula espinhal sai um filamento terminal, que vai até o cóccix.
A medula espinhal tem a forma de um cordão arredondado e dela se originam 31 pares de nervos espinhais. A medula pode ser dividida em 6 partes: cervical superior, dilatação cervical, dorsal, lombar, cone terminal e filamento terminal. Os nervos espinhais que saem pelas vértebras recebem o nome das vértebras, por exemplo, os nervos torácicos saem entre as vértebras torácicas.
O conjunto de raízes nervosas no final da medula espinhal recebe o nome de cauda eqüina, por causa de sua aparência.
As duas regiões dilatadas recebem o nome de intumescência cervical e lombar. Os nervos destinados aos membros superiores localizam-se na intumescência cervical, e os destinados aos membros inferiores, na intumescência lombar.
Ao redor da medula encontra-se o líquido cefalorraquidiano que banha todo o Sistema Nervoso Central. A partir deste líquido, diversas doenças podem ser diagnosticadas, como meningite e alguns tumores. A medula espinhal está envolvida pelas mesmas três meninges que envolvem o cérebro: dura-máter, aracnóide e pia-máter.
Assim como o encéfalo, possui substância branca, que é constituída principalmente por fibras mielínicas. Na substância cinzenta não há mielina, e apresenta a forma de letra H. A neuroglia aparece em ambas as substâncias. A medula espinhal não é apenas um condutor de impulsos nervosos. Os circuitos neuronais medulares são importantes na produção dos movimentos musculares, pois eles exercem o controle direto sobre os músculos.
A medula espinhal tem a função de conduzir impulsos nervosos das regiões do corpo até o encéfalo, produzir impulsos e coordenar atividades musculares e reflexos.
O reflexo de coçar é resultado de um reflexo medular. O estímulo é a coceira, prurido ou cócegas sobre uma região do corpo. O sentido de posição diz a localização da coceira, e com movimentos de ida-e-vinda das patas, ele coça o local. Uma obstrução na medula faz com que suas funções e reflexos medulares percam as descargas contínuas das fibras nervosas, provocando o choque espinhal. Cortes transversais na região cervical provocam paralisia dos membros superiores e inferiores, alem de músculos, condição chamada tetraplegia. Lesões na região torácica ou lombar causam paraplegia, que é a paralisia dos membros inferiores.
2 – Como podem ser os nervos que entram e saem da medula?
Os nervos fazem parte do sistema nervoso periférico. Nervos aferentes conduzem sinais sensoriais (da pele ou dos órgãos dos sentidos, por exemplo) para o sistema nervoso central, enquanto nervos eferentes conduzem sinais estimula tórios do sistema nervoso central para os órgãos efetores, como músculos e glândulas.
Nervos podem conter fibras que servem todas ao mesmo propósito; por exemplo, nervos motores (eferentes), cujos axônios terminam todos em fibras musculares e estimulam a contração. Por outro lado, nervos sensoriais (aferentes) recebem sinais vindos dos órgãos dos sentidos. Alguns nervos podem ser mistos e serem compostos tanto por fibras aferentes como eferentes.
Os nervos podem se originar ou da medula espinhal ou do encéfalo (os chamados nervos cranianos). A origem ou o término dos nervos da medula espinhal possui relação com sua função. Nervos eferentes saem da medula pelo chifre dorsal (isto é, mais perto das costas), enquanto que os feixes aferentes entram na coluna através do chifre ventral (isto é, mais perto do ventre).
3 – Quais as partes do tronco encefálico e determine suas principais funções?
O tronco encefálico se divide em: BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE, situada entre ambos.
BULBO 
Localiza-se embaixo do cérebro e na frente do cerebelo. Possui a forma de um cone invertido. Ao contrário do cérebro e do cerebelo, no bulbo a substância branca situa-se na parte externa e a cinzenta, na interna.
A função do bulbo é conduzir os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa. Também produz os estímulos nervosos que controlam a circulação, a respiração, a digestão e a excreção.
A região do bulbo que controla os movimentos respiratórios e os cardíacos chama-se nó vital. Recebe esse nome porque se uma pessoa recebe uma forte pancada nesse local poderá morrer instantaneamente, devido à paralisação dos movimentos respiratórios e cardíacos.
PONTE
 A função da ponte é transmitir as informações da medula e do bulbo até o córtex cerebral. Faz conexão com centros hierarquicamente superiores.
O córtex sensorial coordena os estímulos vindos de várias partes do sistema nervoso. O córtex motor é responsável pelas ações voluntárias e o córtex de associação está relacionado com o armazenamento da memória.
MESENCÉFALO
 Controle da visão e controle motor. Mais curto segmento do tronco encefálico, se estende da ponte até o diencéfalo e o terceiro ventrículo. A parte dorsal, ou tecto do mesencéfalo, consiste em quatro pequenas elevações, os pares dos colículos inferiores e dos colículos superiores, separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz. Na parte anterior do ramo longitudinal da cruz aloja-se o corpo pineal, que entretanto, pertence ao diencéfalo.
4 – O tálamo é uma estrutura diencefalica e é considerada como um relê! Explique essa característica do tálamo.
O tálamo é como um relê elétrico que controla a conexão com o córtex cerebral, permitindo o repouso do cérebro durante o sono, O tálamo é uma região de substância cinzenta (núcleos de neurônios) do encéfalo. São duas massas neuronais situadas na profundidade dos hemisférios cerebrais.
O tálamo tem também circuitos de integração dos sinais que recebe, e julga-se que algumas das sensações menos elaboradas que o indivíduo experimenta têm aí sua origem. Por exemplo, é sabido que animais dos quais foi retirado o córtex continuam, de alguma forma, a reagir a estímulos de dor — ainda que esta possa não ser a mais apropriada. Ou doentes, cujas patologias apresentam a porção correspondente do córtex danificada, que ainda conseguem sentir um objeto na palma da mão, mesmo que não consigam identificar exatamente sua forma, temperatura ou peso.
5 – Funções do hipotálamo?
O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que: controla a temperatura corporal, regula o apetite , regula o balanço de água no corpo, regula o sono , está envolvido na emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo. Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese (“criação”) do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos estados emocionais.
6 – Quais os lobos cerebrais e como estão distribuídas as substancias brancas e cinzentas nas regiões encefálicas?
O córtex cerebral é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais, cada uma com funções diferenciadas especializadas.

Lobo frontal
No lobo frontal, localizado na parte da frente do cérebro (testa), acontece o planejamento de ações e movimento, bem como o pensamento abstrato. Nele estão incluídos o córtex motor e o córtex pré-frontal.
O córtex motor controla e coordena a motricidade voluntária, sendo que o córtex motor do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia.
aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando se imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a comprometer a ponto de o indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para planejar ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os gestos, é perturbada.
A atividade no lobo frontal de um indivíduo aumenta somente quando este se depara com uma tarefa difícil em que ele terá que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias para resolvê-la. A decisão de quais sequências de movimento ativar e em que ordem, além de avaliar o resultado, é feito pelo córtex-frontal, localizado na parte da frente do lobo frontal. Suas funções incluem o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva. Lesões nesta região fazem com que o indivíduo fique preso obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma seqüência de ações correta.
Lobos occipitais
Localizados na parte inferior do cérebro e cobertos pelo córtex cerebral, os lobos occipitais processam os estímulos visuais, daí também serem conhecidos por córtex visual. Possuem várias subáreas que processam os dados visuais recebidos do exterior depois destes terem passado pelo tálamo, uma vez que há zonas especializadas a visão da cor, do movimento, da profundidade, da distância e assim por diante. Depois de passarem por esta área, chamada área visual primária, estas informações são direcionadas para a área de visão secundária, onde são comparadas com dados anteriores, permitindo assim o indivíduo identificar, por exemplo, um gato, uma moto ou uma maçã. O significado do que vemos, porém, é dado por outras áreas do cérebro, que se comunicam com a área visual, considerando as experiências passadas e nossas expectativas. Isso faz com que o mesmo objeto não seja percepcionado da mesma forma por diferentes indivíduos. Quando esta área sofre uma lesão provoca a impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e até mesmo rostos de pessoas conhecidas ou de familiares. Esta deficiência é conhecida como agnosia.
Lobos temporais
Na zona localizada acima das orelhas e com a função principal de processar os estímulos auditivos encontram-se os lobos temporais. Como acontece nos lobos occipitais, as informações são processadas por associação. Quando a área auditiva primária é estimulada, os sons são produzidos e enviados à área auditiva secundária, que interage com outras zonas do cérebro, atribuindo um significado e assim permitindo ao indivíduo reconhecer ao que está ouvindo.
Lobos parietais
Na região superior do cérebro temos os lobos parietais, constituídos por duas subdivisões, a anterior e a posterior. A primeira, também chamada de córtex somatossensorial, tem a função de possibilitar a percepção de sensações como o tato, a dor e o calor. Por ser a área responsável em receber os estímulos obtidos com o ambiente exterior, representa todas as áreas do corpo humano. É a zona mais sensível, logo ocupa mais espaço do que a zona posterior, uma vez que tem mais dados a serem interpretados, captados pelos lábios, língua e garganta. A zona posterior é uma área secundária e analisa, interpreta e integra as informações recebidas pela anterior, que é a zona primária, permitindo ao indivíduo se localizar no espaço, reconhecer objetos através do tato etc.
Substância branca e cinzenta
A camada mais externa do encéfalo tem cor cinzenta e é formada principalmente por corpos celulares de neurônios. Já a região encefálica mais interna tem a cor branca e é constituída principalmente por fibras nervosas (dendritos e axônios). A cor branca se deve à bainha de mielina que reveste as fibras.
Na medula espinhal, a disposição das substâncias cinzenta e branca se inverte em relação ao encéfalo: a camada cinzenta é interna e a branca, externa.
7 – Faça uma analise comparativa do lobo olfativo da quatro classe dos invertebrados!
Podemos dizer que há uma grande diferença entre as classes dos invertebrados, de acordo com a necessidade de utilização desta estrutura para sua sobrevivência e manutenção.

8 – O que é teto ou lobo óptico dos peixes e anfíbios e qual a é a sua importância?
Parte mediana do sistema nervoso central. Está relacionado com aintegração de sinais sensoriais (visuais, táteis, auditivos). Nos peixes e anfíbios também participa do controle de movimentos corporais.

9         – Quais as características do lobo frontal e quais suas funções?
O lobo frontal é responsável pelo planejamento consciente e pelo controle motor.  As funções mais importantes do lobo frontal são: comando motor primário referente aos dedos, mão, braço, ombro, tronco, laringe, língua, face, etc...; Funções cognitivas e emotivas; Programação e preparação dos movimentos e controle da postura; Controle do movimento conjugado do olhar; Processamento das informações olfatórias; área de Broca: produção do padrão de respostas motoras que resultam na expressão verbal com sentido; região homóloga à área de Broca: capacidade de expressão da emoção na palavra falada.
10   – Pode-se dizer que o lobo parietal é considerado somático sensorial, explique e determine as demais funções.
O lobo parietal localiza-se na parte superior do cérebro, no córtex cerebral, interpreta os estímulos sensoriais provenientes do corpo, sendo responsável pela combinação das impressões relacionadas à forma, à textura e ao peso e as transformam em percepções gerais. Os lobos parietais também ajudam as pessoas a se orientar no espaço e a perceber a posição das partes do corpo.
No qual é constituído por duas subdivisões - a anterior e a posterior. A zona anterior designa-se por córtex somatossensorial e tem por função possibilitar a recepção de sensações, como o tacto, a dor, a temperatura do corpo. Nesta área primária, que é responsável por receber os estímulos que têm origem no ambiente, estão representadas todas as áreas do corpo. São as zonas mais sensíveis que ocupam mais espaço nesta área, porque têm mais dados para interpretar. Os lábios, a língua e a garganta recebem um grande número de estímulos, precisando, por isso, de uma maior área. A área posterior dos lobos parietais é uma área secundária que analisa, interpreta e integra as informações recebidas pela área anterior ou primária, permitindo-nos a localização do nosso corpo no espaço, o reconhecimento dos objectos através do tacto, etc.
11     – O que é o lobo límbico, cite duas areas importantes com suas funções correlatas.
O Sistema Límbico é formado por estruturas filogeneticamente antigas e que têm forma altamente arqueada. Essas estruturas estão interpostas entre o diencéfalo e as áreas do neopálio do hemisfério cerebral.
As pesquisas mostraram que o lobo límbico tem interconexões profusas com o sistema olfatório, com o hipotálamo, o tálamo, o epitálamo e, numa menor extensão, com áreas do neocórtex. Ele está associado com a integração superior de informação visceral, olfatória e somática e elementos subjetivos e expressivos em respostas emocionais.
Os componentes do sistema límbico estão agrupados em duas áreas: cortical e subcortical.
-      Giro do Cíngulo: localizado acima do corpo caloso, possui, na face medial do encéfalo, as seguintes relações:
-      superiormente: sulco do giro do cíngulo, giro frontal superior, lóbulo paracentral, giro pré-cuneos;
-      posteriormente: istmo do giro do cíngulo.
O giro do cíngulo recebe aferentes originados de muitas fontes. Uma aferência importante provém do núcleo talâmico anterior, que é comumente subdividido em núcleos ântero-medial, ântero-dorsal e ântero-ventral (o mais desenvolvido no homem).
Através do núcleo anterior do tálamo, o giro do cíngulo pode ser influenciado indiretamente por outras regiões.
O córtex parietal, o temporal e o pré-frontal emitem fibras para o giro do cíngulo.
-      Hipocampo: eminência alongada e curva que no homem situa-se no assoalho do corno inferior dos ventrículos laterais acima do giro para-hipocampal. O hipocampo também inclui o giro denteado e o subiculum.
O hipocampo é constituído de um córtex muito antigo, arquicórtex, do tipo alocórtex. Projeta-se para o corpo mamilar e área septal através de um feixe compacto de fibras, o fórnix, que está situado abaixo do corpo caloso.
-      Giro Para-hipocampal: situado na face inferior do lobo temporal, possui as seguintes relações:
-      lateralmente: sulcos rinal e colateral e giro occípito-temporal lateral;
-      superiormente e medialmente: sulco hipocampal;
-      anteriormente: forma um gancho em volta do sulco hipocampal para formar o uncus (circunvolução de protusão medial);
-      posteriormente: giro occípito-temporal medial.
 Componentes Subcorticais
-      Corpo Amigdalóide: é também chamado de núcleo amigdalóide, é um dos núcleos da base. Está situado no lobo temporal, entre o uncus e o giro para-hipocampal, e tem relação com o núcleo caudado.
É constituído de numerosos subnúcleos. A maioria de suas fibras eferentes agrupa-se em um feixe compacto, a estria terminal, que acompanha a curvatura do núcleo caudado e termina do hipotálamo. Algumas fibras da estria
passam através da comissura anterior para o corpo amigdalóide do lado oposto.
-      Área Septal: desenvolve-se do telencéfalo e consiste de lâmina de substância cinzenta, atravessada por muitas fibras, dispostas no plano vertical da parede medial do corpo anterior do ventrículo lateral, principalmente na frente da comissura anterior.
De acordo com sua relação com a comissura anterior, a área septal pode ser dividida em partes pré e supracomissurais.
-      Núcleos Mamilares: situados nos corpos mamilares; recebem fibras do hipocampo através do fórnix, e projetam parte para a formação reticular e para os núcleos anteriores do tálamo através do fascículo mamilo-tegmentar e mamilo-talâmico respectivamente.
-      Núcleos Habenulares: situam-se nos trígonos das habênulas (epitálamo). Recebem fibras pela estria medular e projetam para o núcleo interpeduncular do mesencéfalo através do fascículo retroflexo.
-      Núcleos Anteriores do Tálamo: situam-se no tubérculo anterior do tálamo. Recebem fibras dos núcleos mamilares e projetam para o giro do cíngulo.
12   – Quais os tipos de receptores sensoriais quando consideramos a forma de estimulação dos mesmos.
Em relação à natureza do estímulo os receptores sensoriais podem ser classificados em: 
*Quimiorreceptores - são capazes de detectar substâncias químicas. Responsáveis pelos sentidos do paladar e olfato. 
* Termorreceptores - Detectam estímulos de natureza térmica, como variação de temperatura, através da pele da face, pés e das mãos. 
* Mecanorreceptores - correspondem estímulos mecânicos. Como nos ouvidos, que são capazes de captar ondas sonoras, e como órgãos de equilíbrio. 
* Fotorreceptores - Os fotorreceptores estão situados nos olhos, e captam m estímulos de luz. As células fotorreceptoras são os cones e os bastonetes. 
Em relação ao local onde se capta os estímulos, os receptores sensoriais são classificados em: 
* Interorreceptores - Detectam estímulos das regiões internas do corpo. 
* Exterorreceptores – Detectam estímulos das regiões externas do corpo, ou seja, do ambiente, como a luz, calor, sons e pressão. 
* Propriorreceptores – Detectam estímulos do interior do corpo, como movimento, tensão e estriamento muscular, são encontrados no esqueleto, nos músculos, ou no aparelho vestibular da orelha interna.
Termorreceptores - as sensações de calor e frio resultam da estimulação de diferentes receptores que se encontram desigualmente distribuídos na pele. Os receptores do frio (corpúsculos de Krause) encontram-se em maior número que os receptores do calor (corpúsculos de Ruffini).
Mecanorreceptores - os receptores do tacto (corpúsculos de Meissner), localizados superficialmente, apresentam sensibilidade a contactos leves. Estes receptores estão distribuídos por toda a pele, no entanto, encontram-se mais concentrados na língua, lábios, testa e ponta dos dedos.
Os receptores sensíveis à pressão (corpúsculos de Pacini) encontram-se localizados mais profundamente. São sensíveis a pressões prolongadas aplicadas na superfície da pele.
Receptores da dor - são os mais abundantes no nosso organismo, e respondem a estímulos mecânicos, químicos e térmicos. Além de se localizarem à superfície, também se encontram nos músculos esqueléticos, tendões, intestinos, estômago, etc.
13  – O que é potencial receptor e o principio da linha rotulada!
Todos os sistemas sensoriais extraem a informação básica do estímulo - modalidade, intensidade, duração e localização. Em cada sistema sensorial, o contato inicial com o mundo exterior se dá através dos receptores sensoriais. Eles transformam a energia do estímulo em energia eletroquímica, estabelecendo, assim, uma linguagem comum para todos os sistemas sensoriais. Tal processo é denominado de transdução de estímulo.
Todos os receptores sensoriais têm uma característica em comum: qualquer que seja o tipo de estímulo que excita o receptor, seu efeito imediato é o de criar um potencial na membrana do próprio receptor - o potencial de receptor. Vale citar que cada estímulo é específico para um dado tipo de receptor.
Quando o potencial do receptor atinge um valor acima do limiar de disparo para a fibra nervosa correspondente a esse receptor, tem início o aparecimento de potenciais de ação.
Potenciais do receptor podem ser excitados por: deformação mecânica, substância química, alteração na temperatura ou radiação eletromagnética e ocorrerá abertura dos canis iônicos. Estes potenciais de ação são enviados para o cérebro, onde atuarão em regiões específicas, determinando o envio de respostas ao estímulo.
14  – O que são receptores fásicos e tônicos? De exemplos.
Os receptores não são capazes de sustentar um potencial receptor por um período prolongado, mesmo se o estímulo for duradouro.
Quando um estímulo se inicia, o potencial receptor atinge certa amplitude e logo decresce a um valor menor, que depois se torna estável. A este fenômeno chamamos adaptação. Esta propriedade dos receptores interfere bastante na capacidade de atuação destes.
Os receptores, quanto à adaptação, podem ser divididos em receptores de adaptação lenta, ou tônicos e receptores de adaptação rápida, ou fásicos.
Os receptores de adaptação lenta são aqueles cujo potencial receptor decresce pouco após atingir a amplitude proporcional ao estímulo, logo se estabilizando, e só cessando no momento em que o estímulo é interrompido. Esses receptores representam estímulos duradouros , já que o seu potencial receptor decresce pouco, após o início do estímulo, e pode continuar a gerar potenciais de ação com a permanência do estímulo, detectando assim a persistência do estímulo.
Os receptores de adaptação rápida são aqueles cujo potencial receptor decresce muito, e rapidamente, após atingir a amplitude máxima da resposta ao estímulo, podendo chegar à zero. Quando um estímulo é aplicado, obtém-se um potencial receptor de certo valor, que logo cessa, com a permanência do estímulo. Quando o estímulo é retirado, ocorre novamente um pico do potencial receptor, que logo cessa por completo. Esses receptores representam bem a sensação dos estímulos vibratórios. Eles respondem apenas no início e no final do estímulo, com picos de potencial receptor que cessam rapidamente. Nos receptores de adaptação rápida não há potencial receptor no espaço de tempo entre o início e o final do estímulo, não há resposta, portanto, à persistência do estímulo.
15  – Quais as principais vias sensoriais e determine as diferenças entre elas.



16  – Quais os estímulos de dor crônica e aguda, e as principais características dessa sensações sensorial.
ao contrário de muitos outros tipos de receptores, os receptores da dor não se adaptam, ao contrário, muitas vezes até aumentam a sensibilidade ao estímulo. No caso da dor aguda, receptores estimulam com grande velocidade, ao contrario da dor crônica onde os estímulos podem levar minutos ou até dias.
17  – Quais as estruturas responsáveis da recepção da gustação e onde são encontradas.
 Estão localizados na língua, agrupados em pequenas saliências chamadas papilas gustativas (cerca de 10.000). Existem quatro tipos de receptores gustativos, capazes de reconhecer os quatro sabores básicos: doce, azedo, salgado e amargo. Esses receptores estão localizados em diferentes regiões da língua.
18  – Quais as sensações gustativas, sua importância fisiológica e como se dá a formação do potencial receptor de cada uma dessas sensações?
Através dos botões gustativos, no caso salgado, é constituído de canais de sódio e o potencial receptor é determinado pela entrada de sódio nos botões gustativos. No azedo, é constituído de canais de hidrogênio que desencadeiam o potencial receptor. No amargo, compostos amargos apresentam proteínas receptoras nos neurônios dos botões gustativos e ativam mecanismos de 2º mensageiro relacionados com a fosfolipase C.
19– Explique como estão estruturados os receptores olfativos?
O sentido de olfato é produzido pela estimulação do epitélio olfativo, localizado no teto das cavidades nasais. O olfato humano é pouco desenvolvido em relação ao de outros mamíferos. O epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos sensoriais; um cachorro, tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada uma com pelo menos 100 pêlos sensoriais.
O epitélio olfativo é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimulá-lo, produzindo a sensação de odor.
O epitélio contém, além das células sensitivas, glândulas de Bowman que produzem a secreção que banha a superfície dos receptores.
As células receptoras são neurônios bipolares do epitélio nasal. Elas são únicas, na medita em que são capazes de se regenerar. Possuem cílios que se projetam na mucosa nasal e, na outra extremidade, axônios que se projetam no bulbo olfativo. De 10 a 100 axônios arranjam-se em embrulhos que penetram no platô etimoidal cribriforme e terminam no bulbo olfativo, convergindo noglomérulo sináptico. Existem dois bulbos ofltativos, um em cada cavidade nasal.
20  – Quais as partes das estruturas auditivas e descreva como elas são?
O órgão responsável pela audição é a orelha (antigamente denominado ouvido), também chamada órgão vestíbulo-coclear ou estato-acústico.
A maior parte da orelha fica no osso temporal, que se localiza na caixa craniana. Além da função de ouvir, o ouvido também é responsável pelo equilíbrio.
A orelha está dividida em três partes: orelhas externa, média e interna (antigamente denominadas ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno).
A orelha externa é formada pelo pavilhão auditivo (antigamente denominado orelha) e pelo canal auditivo externo ou meato auditivo.  
Todo o pavilhão auditivo (exceto o lobo ou lóbulo) é constituído por tecido cartilaginoso recoberto por pele, tendo como função captar e canalizar os sons para a orelha média.
O canal auditivo externo estabelece a comunicação entre a orelha média e o meio externo, tem cerca de três centímetros de comprimento e está escavado em nosso osso temporal. É revestido internamente por pêlos e glândulas, que fabricam uma substância gordurosa e amarelada, denominada cerume ou cera.
Tanto os pêlos como o cerume retêm poeira e micróbios que normalmente existem no ar e eventualmente entram nos ouvidos.
O canal auditivo externo termina numa delicada membrana - tímpano ou membrana timpânica - firmemente fixada ao conduto auditivo externo por um anel de tecido fibroso, chamado anel timpânico.
A orelha média começa na membrana timpânica e consiste, em sua totalidade, de um espaço aéreo – a cavidade timpânica – no osso temporal. Dentro dela estão três ossículos articulados entre si, cujos nomes descrevem sua forma: martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos encontram-se suspensos na orelha média, através de ligamentos.
O cabo do martelo está encostado no tímpano; o estribo apóia-se na janela oval, um dos orifícios  dotados de membrana da orelha interna que estabelecem comunicação com a orelha média. O outro orifício é a janela redonda. A orelha média comunica-se também com a faringe, através de um canal denominado tuba auditiva (antigamente denominada trompa de Eustáquio). Esse canal permite que o ar penetre no ouvido médio. Dessa forma, de um lado e de outro do tímpano, a pressão do ar atmosférico é igual. Quando essas pressões ficam diferentes, não ouvimos bem, até que o equilíbrio seja reestabelecido.
A orelha interna, chamada labirinto, é formada por escavações no osso temporal, revestidas por membrana e preenchidas por líquido. Limita-se com a orelha média pelas janelas oval e a redonda. O labirinto apresenta uma parte anterior, a cóclea ou caracol - relacionada com a audição, e uma parte posterior - relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares.

A cóclea é composta por três tubos individuais, colados um ao lado do outro: as escalas ou rampas timpânica, média ou coclear e vestibular. Todos esses tubos são separados um do outro por membranas. A membrana existente entre a escala vestibular e a escala média é tão fina que não oferece obstáculo para a passagem das ondas sonoras. Sua função é simplesmente separar os líquidos das escalas média e vestibular, pois esses têm origem e composição química distintas entre si e são importantes para o adequado funcionamento das células receptoras de som. Por outro lado, a membrana que separa a escala média da escala timpânica – chamada membrana basilar – é uma estrutura bastante resistente, que bloqueia as ondas sonoras. Essa membrana é sustentada por cerca de 25.000 estruturas finas, com a forma de palheta, as quais se projetam de um dos lados da membrana e aparecem ao longo de toda a sua extensão – as fibras basilares.
As fibras basilares próximas à janela oval na base da cóclea são curtas, mas tornam-se progressivamente mais longas à medida que se aproximam da porção superior da cóclea,. Na parte final da cóclea, essas fibras são aproximadamente duas vezes mais longas do que as basais.
Na superfície da membrana basilar localiza-se o órgão de Corti, onde há células nervosas ciliares (células sensoriais). Sobre o órgão de Corti há uma estrutura membranosa, chamada membrana tectórica, que se apóia, como se fosse um teto, sobre os cílios das células sensoriais.
O labirinto posterior (ou vestibular) é constituído pelos canais semicirculares e pelo vestíbulo. Na parte posterior do vestíbulo estão as cinco aberturas dos canais semicirculares, e na parte anterior, a abertura para o canal coclear.
Os canais semicirculares não têm função auditiva, mas são importantes na manutenção do equilíbrio do corpo. São pequenos tubos circulares (três tubos em forma de semicírculo) que contêm líquido e estão colocados, respectivamente, em três planos espaciais (um horizontal e dois verticais) no labitinto posterior, em cada lado da cabeça. No término de cada canal semicircular existe uma válvula com a forma de uma folha - a crista ampular. Essa estrutura contém tufos pilosos (cílios) que se projetam de células ciliares semelhantes às maculares.
Entre os canais semicirculares e a cóclea está uma grande cavidade cheia de um líquido chamado perilinfa - o vestíbulo. No interior dessa cavidade existem duas bolsas membranáceas, contendo outro líquido – a endolinfa: uma póstero-superior, o utrículo, e uma ântero-inferior, o sáculo. Tanto o utrículo quanto o sáculo contêm células sensoriais agrupadas em estruturas denominadas máculas. Células nervosas da base da mácula projetam cílios sobre uma massa gelatinosa na qual estão localizados minúsculos grânulos calcificados, semelhantes a pequenos grãos de areia - os otólitos ou otocônios. O utrículo e o sáculo comunicam-se através dos ductos utricular e sacular.
21 – Determine como se dá o potencial receptor auditivo coclear?
As ondas mecânicas sonoras, ao passarem pelas três cavidades da cóclea, promovem uma perturbação no liquido ali existente e promove a elaboração da membrana basilar onde estão apoiadas as células ciliadas, tais células são banhadas pela endolinfa que preenche a escala media, sendo este liquido extremamente rico em Potássio (ao invés de sódio). Uma vez que a membrana basilar é elevada, as células ciliadas tocam a membrana tectórica localizada acima dos cílios, com isso, ocorre a abertura de canais de potássio e é iniciado o potencial receptor por esses íons.
22 – Explique o aparelho vestibular e sua importância.
O aparelho vestibular é o órgão sensorial que detecta as sensações relacionadas com o equilíbrio e se localiza dentro da orelha interna. Ele é composto por um labirinto ósseo contendo o labirinto membranoso, que constitui a parte funcional do aparelho.  O labirinto ósseo é composto ainda por uma cavidade central de forma irregular: o vestíbulo. Este é composto principalmente do ducto coclear, de três canais semicirculares e de duas grandes câmaras conhecidas como utrículo e sáculo. O ducto coclear é a principal área sensorial para a audição e não tem nada a ver com o equilíbrio. Todavia, o utrículo, o sáculo e os canais semicirculares são todos partes integrantes dos mecanismos responsáveis pela manutenção do equilíbrio.
Entre o labirinto ósseo e o labirinto membranoso há um fluído chamado de perilinfa. A composição da perilinfa é análoga a do líquido cefalorraquidiano. O interior das estruturas membranosas  é cheio de um líquido, a endolinfa, diferente da perilinfa.
23  – Descreva as partes do olho?
O olho humano é constituído de três camadas. A mais externa, fibrosa, tem função protetora e é chamada esclerótica. Em sua porção anterior, a esclerótica é transparente e recebe o nome de córnea. Na parte posterior e lateral, é opaca. A camada intermediária é abundante em vasos sangüíneos e é formada pela coróide, pelo corpo ciliar e pela íris (conjunto de estruturas chamado trato uveal). A camada interna é a retina, onde se localizam as células fotorreceptoras. A córnea é recoberta pela conjuntiva, fina membrana que se estende também pela face interna das pálpebras.
A coróide abastece de nutrientes e oxigênio os tecidos oculares. Nela situam-se também células pigmentares, cuja função é absorver luz para evitar que reflexos prejudiquem a qualidade da imagem projetada na retina.
O corpo ciliar é o prolongamento anterior da coróide, formado pelos chamados processos ciliares e pelo músculo ciliar. Os processos ciliares são ligamentos que unem ao músculo ciliar o cristalino. O músculo ciliar controla o grau de curvatura do cristalino e permite ajustar o foco.
Na porção anterior do cristalino, a íris controla a quantidade de luz que atinge a retina. Pigmentos na íris lhe dão cor característica, que varia do negro ao azul. As musculaturas lisas radial e circular da íris abrem e fecham seu orifício central, a pupila. O espaço entre a córnea e o cristalino - câmara anterior -, é preenchido pelo humor aquoso, que mantém constante a pressão interna do globo ocular. Já a cavidade entre o cristalino e a retina, a câmara posterior, contém uma substância gelatinosa chamada como humor vítreo.
Na retina estão situadas as células encarregadas de registrar as impressões luminosas e transmiti-las ao cérebro por intermédio do nervo óptico, que sai da parte posterior do globo ocular. As células fotorreceptoras são chamadas cones e bastonetes, em virtude da forma de seus prolongamentos. Os cones dispõem-se na região central da retina e são responsáveis pela visão colorida, enquanto os bastonetes, mais abundantes nas regiões periféricas, processam uma visão de contornos, de contraste claro-escuro. A região de onde parte o nervo óptico é chamada ponto cego, por ser insensível à luz. Já a região chamada fóvea, composta apenas de cones e situada acima do ponto cego, é a área da retina onde a visão é mais nítida.
Alguns órgãos anexos ou acessórios protegem o globo ocular: as pálpebras; as sobrancelhas; os cílios; e o aparelho lacrimal, produtor de lágrimas.

24  – Qual é a importância da melanina localizada na retina.

    A íris (parte colorida do olho) abre e fecha a pupila. A retina (espécie de tela atrás do olho) retém a imagem. Normalmente, a melanina escurece as duas partes, permitindo que a íris bloqueie a luz e a retina absorva o restante.

25 – Explique como se dá o potencial receptor visual?
O potencial receptor se dá por ondas luminosas, ativando canais iônicos.

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