sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Magistrados pedem um novo olhar sobre a importância da responsabilidade ambiental



Um seminário nesta sexta-feira (5) na Escola Paulista da Magistratura, em parceria com a Academia Paulista de Magistrados apresentou a importância de toda a sociedade cuidar do ambiente e evitar problemas como o aquecimento global e suas devastadoras consequências à humanidade. 

A apresentação do evento foi feita pelos desembargadores Heraldo de Oliveira Silva, presidente da Academia Paulista de Magistrados e Armando Sérgio Prado de Toledo, diretor da Escola Paulista da Magistratura. 

Em sua palestra, o desembargador José Renato Nalini, integrante da Câmara do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, falou da necessidade de um novo olhar sobre a responsabilidade ambiental. Ele disse que há muita simpatia da sociedade às causas ambientais, mas só isso não basta. 

- A causa ambiental deve ser praticada e disseminada por toda a população. As fronteiras são convenções humanas, mas há um compartilhamento dos efeitos [das mudanças climáticas]. Nem os ricos e poderosos estão excluídos das consequências. Então, cada um deve fazer sua parte. O Judiciário também é responsável por garantir o direito fundamental da presente e futuras gerações ao ambiente equilibrado e, portanto, pode ajudar. 

A EPM anunciou que os principais tópicos do seminário serão distribuídos às escolas públicas de ensino fundamental do Estado de São Paulo em um DVD cujo tema é o aquecimento global. 

Nalini lembrou que a humanidade já sente sintomas do seu próprio descaso com o ambiente, exemplificados pelo aumento e escala global dos níveis pluviométricos, aumento das secas a partir das taxas de evaporação cada vez mais altas e o derretimento das calotas polares. 

- Isso mostra que o maior prejudicado com as mudanças climáticas não é o planeta Terra, mas sim a própria humanidade. 

Massami Uyeda, ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), lembrou que há um grande desafio em questão ao se tratar do desenvolvimento sustentável. 

- Sem duvida alguma, a preservação ambiental é necessária. Ao mesmo tempo, há a ambição do progresso econômico. Então, estamos em uma sob uma contradição. 
O maior desafio é a mudança de mentalidade entre as pessoas. 

O ministro disse que essa luta é parecida com que os magistrados se deparam em seu dia a dia e, mesmo com as barreiras, é possível agir, mudar para melhor, sem desistir da causa. 

- [Esse desafio] também enfrentamos nos julgamentos. Muitas vezes somos votos vencidos, mas não somos conformados. 

José Renato Nalini descreveu seis atitudes fundamentais para que todos passem a ter esse novo olhar: indignar-se, reagir, fazer-se ouvir, exigir os direitos, provocar o poder público e motivar os desinteressados. 

O evento teve a participação de Bruno Covas, secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que apresentou os projetos de desenvolvimento sustentável do governo. 

O Estado de São Paulo tem 33% do PIB brasileiro, mas emite apenas 6,5% das emissões dos gases do efeito estufa no país. É possível pensar em obrigações ambientais sem acabar com o emprego e continuar produzindo.
O secretário citou o caso da cidade de Cubatão, que há décadas era um dos municípios mais poluídos do país, mas conseguiu superar esse problema.
Fonte: http://noticias.r7.com, contribuição de Seguidores. 

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