Qual a importância da descoberta do fóssil Ida para o estudo da evolução humana?
Ancestral de 47 milhões de anos dos primatas é um dos fósseis mais completos já encontrados
No último dia 19 de maio (Maio 2009), a divulgação da descoberta de um novo fóssil chamou a atenção da comunidade científica de todo o mundo. Chamado de Darwinius masillae, o fóssil foi achado em Messel, na Alemanha, ganhou o apelido de Ida e tem 47 milhões de anos.
Os cientistas acreditam que ele pertence a uma nova espécie, ancestral do ser humano. O paleontólogo Jørn Hurum, um dos co-autores do artigo sobre a descoberta, disse em entrevista ao jornal britânico "The Guardian" que este é mais o completo fóssil já encontrado de um primata que tenha vivido antes de ser inventado o enterro humano. Isso porque, em geral, os fósseis contêm apenas pequenos pedaços de ossos. Já Ida está 95% completa, não só em termos de ossos, mas também ainda tem vestígios de pele, pelos e conteúdo estomacal.
"Com um fóssil tão bem preservado, podemos estudar as características que mostram tendências evolutivas e que dão pistas sobre como o ser humano se tornou o que é hoje", afirma Sílvia Gobbo, pesquisadora do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília. A pesquisadora afirma também que não há nenhum indício de que esse fóssil seja ancestral próximo do ser humano. "Já foram encontrados muito fósseis mais jovens e mais ligados a nós.
Pela idade, Ida é da linha de evolução dos antropóides, mas se encaixa antes de ela ter se dividido, um lado indo para o desenvolvimento dos seres humanos, outro para o dos macacos", explica Sílvia Gobbo.
Para a ciência, a descoberta de um mais um ancestral humano é de grande importância. Primeiro, porque é mais uma prova de que a evolução aconteceu e vai continuar acontecendo. Além disso, é essencial para que possamos entender a diversidade da natureza e também a nossa história evolutiva. "Descobrir um novo fóssil é muito legal, é como descobrir um irmão novo. Mas o importante mesmo é que eles nos ligam à natureza. Isso mostra que o homem não é uma criação especial. É mais um ser vivo dentro da escala natural", conclui Sílvia Gobbo.
Para a ciência, a descoberta de um mais um ancestral humano é de grande importância. Primeiro, porque é mais uma prova de que a evolução aconteceu e vai continuar acontecendo. Além disso, é essencial para que possamos entender a diversidade da natureza e também a nossa história evolutiva. "Descobrir um novo fóssil é muito legal, é como descobrir um irmão novo. Mas o importante mesmo é que eles nos ligam à natureza. Isso mostra que o homem não é uma criação especial. É mais um ser vivo dentro da escala natural", conclui Sílvia Gobbo.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br
Descoberto fóssil que explica evolução humana !
12 de abril de 2006
|
O mais recente fóssil desenterrado na África permitiu aos cientistas construir a cadeia mais completa da
evolução humana até agora. O fóssil de 4,2 milhões de anos descoberto no nordeste da Etiópia ajuda os
cientistas a responder as dúvidas sobre como os ancestrais humanos deram o salto de uma espécie para outra.
Isso foi possível porque o fóssil recém-descoberto, da espécie Australopithecus anamensis, foi encontrado na região de Awash, onde sete outras espécies de hominídeos - se espalhando por 6 milhões de anos e três das principais fases do desenvolvimento humano - foram descobertas anteriormente.
"Nós descobrimos a cadeia da evolução, a continuidade através do tempo", anunciou um dos co-autores do estudo, o antropólogo etíope Berhane Asfaw. "Uma forma evoluiu para outra. Esse fóssil é a evidência da evolução em apenas um lugar ao longo do tempo". As descobertas foram publicadas na última edição da revista científica Nature.
A espécie anamensis não é nova, mas sua localização é o que ajuda a explicar a mudança de uma fase pré-humana para a seguinte, dizem os cientistas. As oito espécies foram descobertas muito próximas, a menos de um dia de caminhada uma da outra.
Até agora, o que os cientistas tinham eram fragmentos da história da evolução, espalhados por todo o mundo. Encontrar todos em uma só área faz que estes fragmentos componham uma espécie de filme caseiro da evolução. "É como 12 quadros de um filme caseiro, mas que cobre 6 milhões de anos", disse o autor principal do trabalho, Tim White, co-diretor do Centro de Pesquisas em Evolução Humana da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. "A chave aqui é a seqüência", disse.
O homem moderno pertence ao gênero homo, que é um subgrupo da família dos hominídeos. A espécie que evoluiu para o homo é provavelmente o gênero Australopithecus (também chamado de "homem-gorila"), cujo exemplo mais famoso é Lucy, fóssil de 3,2 milhões de anos encontrados três décadas atrás. Um candidato-chave para o gênero que evoluiu para o Australopithecus é chamado Ardipithecus. A descoberta na Etiópia é importante por conectar os dois.
Em 1994, um esqueleto parcial de um hominídeo que viveu há 4,4 milhões de anos, da espécie Ardipithecus ramidus - a mais recente das espécies de Ardipithecus - foi encontrado a cerca de dez quilômetros da última descoberta.
"Essa parece ser a conexão entre o Australopithecus e o Ardipithecus como duas espécies diferentes", disse White. A diferença mais importante entre essas duas fases da história do homem é a presença de dentes maiores, melhores comer alimentos mais duros, disse. Mesmo que seja a hipótese mais provável, contudo, ainda não é certo que o Ardipithecus tenha evoluído para o Australopithecus, disse White. A descoberta não elimina completamente a possibilidade de o primeiro ter desaparecido e o segundo ter se desenvolvido independentemente.
Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI961649-EI319,00.html
JC e-mail 2174, de 04 de Dezembro de 2002.
Fóssil humano mais antigo das Américas é encontrado no México | |
O teste de datação feito em um crânio descoberto no México mostrou que se trata do mais antigo fóssil humanos já descoberto nas Américas Com cerca de 13 mil anos de idade, o crânio é mais velho que o de Luzia, fóssil de 11.500 anos achado no Brasil Desenterrada em MG, ela era considerada até hoje como o mais antigo fóssil humano encontrado no continente. A descoberta confirma as novas teorias sobre o povoamento das Américas, levantadas quando o crânio de Luzia foi encontrado. O povoamento teria ocorrido há, pelo menos, 13 mil anos, muito antes do que se costumava imaginar. E não teria começado pela América do Norte, como se acreditava. Também demonstra que os primeiros habitantes do continente não foram os nativos indígenas. A reconstituição da face de Luzia demonstrou que ela tinha traços negróides. O estudo das características dos ossos do crânio descoberto no México, que também pertenceu a uma mulher, sugere que ela descende de um povo que viveu onde atualmente é o Japão e que teria alcançado o continente pelas ilhas do Pacífico. Segundo a responsável pela datação do crânio, Silvia Gonzalez, da Universidade de John Moores, de Liverpool, os americanos nativos têm o rosto mais arredondado e o queixo mais largo. Crânio estava em museu, sem datação O crânio fazia parte de uma coleção de 27 fósseis humanos descobertos nos arredores da Cidade do México e guardados no Museu Nacional de Antropologia, no México, há quase cem anos. 'O museu sabia que os crânios tinham um valor histórico significativo, mas eles ainda não haviam sido cientificamente datados', contou Silvia Gonzalez. 'Decidi analisar amostras de cinco esqueletos usando as mais modernas técnicas de datação.' Na avaliação de Silvia, o México pode ter sido um local a partir do qual os homens se espalharam pelas Américas. 'Nosso próximo passo é examinar fósseis encontrados na Califórnia', disse Silvia. 'Queremos estudar seu DNA para saber se são relacionados aos encontrados no México.' Outros crânios encontrados no mesmo sítio onde Luzia foi descoberta, na região de Lapa Vermelha, em MG, podem ser ainda mais antigos que o mexicano. (O Globo, 4/12) Fonte:http://www.jornaldaciencia.org.br |
Nenhum comentário:
Postar um comentário