sexta-feira, 23 de março de 2012

SELEÇÃO NATURAL

Seleção natural é o processo essencial da evolução, proposto por Charles Darwin e geralmente aceito pela comunidade científica como a melhor explicação para a adaptação e especialização como evidenciado pelo registro fóssil. Outros mecanismos de evolução incluem deriva genética, fluxo gênico e pressão de mutação.

O conceito básico de seleção natural é que as condições ambientais (isto é, a "natureza") selecionam quão bem uma determinada característica de um organismo ajuda na sobrevivência e reprodução desse organismo. À medida que as condições ambientais não variem, ou permaneçam suficientemente similares, essas características continuam a ser adaptativas e elas tornar-se-ão mais comuns na população.

A seleção natural não distingue entre seleção ecológica e seleção sexual, na medida que ela se refere às características, por exemplo, destreza de movimento, nas quais ambas podem atuar simultaneamente. Se uma variação específica torna o descendente que a manifesta mais apto à sobrevivência e à reprodução bem sucedida, esse descendente e sua prole terão mais chances de sobreviver do que os descendentes sem essa variação. As características originais, bem como as variações que são inadequadas dentro do ponto de vista da adaptação, deverão desaparecer conforme os descendentes que as possuem sejam substituídos pelos parentes mais bem sucedidos.

Assim, certas caraterísticas são preservadas devido à vantagem seletiva que conferem a seus portadores, permitindo que um indivíduo deixe mais descendentes que os indivíduos sem essas características. Eventualmente, através de várias iterações desses processos, os organismos podem desenvolver características adaptativas mais e mais complexas.

Mecanismos da seleção natural

O que faz com que uma característica tenha mais probabilidade de permitir a sobrevivência de seu portador depende muito de fatores ambientais, incluindo predadores da espécie, fontes de alimentos, estresse abiótico, ambiente físico e assim por diante. Quando membros de uma espécie tornam-se geograficamente separados, enfrentam diferentes ambientes e tendem a evoluir em diferentes direções. Após um longo tempo, essas características poderão ter se desenvolvido em diferentes vias de tal modo que eles não poderão mais se intercruzar, em um ponto que serão considerados como de espécies distintas. Essa é a razão de uma espécie, por vezes, separar-se em múltiplas espécies, em vez de simplesmente ser substituída por uma nova (a partir disso Darwin sugeriu que todas as espécies atuais evoluíram de um ancestral em comum).

Além disso, alguns cientistas especulam que uma adaptação que pode permitir ao organismo ser mais adaptável no futuro tende a se espalhar mesmo que não proporcione nenhuma vantagem específica a curto prazo. Descendentes desses organismos serão mais variados e assim mais resistentes à extinção por catástrofes ambientais e eventos de extinção. Isso foi proposto como um dos motivos para o surgimento dos Mammalia. Embora essa forma de seleção seja possível (ainda que altamente discutível), ela deve desempenhar um papel mais importante nos casos em que a seleção por adaptação é contínua. Por exemplo, na hipótese da Rainha de Copas, sugere-se que o sexo deve ter evoluído de modo a auxiliar os organismos a se adaptarem contra parasitas.

A seleção natural pode ser expressa como a seguinte lei geral (tirada da conclusão de A Origem das Espécies):

SE há organismos que se reproduzem e 
SE os descendentes herdam as características de seus genitores e 
SE há variação nas características e 
SE o ambiente não suporta todos os membros de uma população em crescimento, 
ENTÃO aqueles membros da população com características menos adaptativas (determinadas pelo ambiente) morrerão e 
ENTÃO aqueles membros com características mais adaptativas (determinadas pelo ambiente) prosperarão 
O resultado é a evolução das espécies.

Deve ser observado que isso é um processo contínuo -- ela explica como as espécies mudam e pode explicar tanto a extinção quanto o surgimento de novas espécies.

Tectônica de Placas

A Teoria da Tectônica de Placas
Essa teoria postula que a crosta terrestre, mais precisamente a litosfera – que engloba a Crosta e a parte superior do Manto, até cerca de 100 km de profundidade – está quebrada em um determinado número de placas rígidas, que se deslocam com movimentos horizontais, que podem ser representados como rotações com respeito ao eixo que passa pelo centro da Terra.

Essas movimentações ocorrem por que a Litosfera, mais leve e fria, praticamente “flutua” sobre o material mais quente e denso, parcialmente fundido, existente no topo da Astenosfera. É nessa parte viscosa, dos primeiros 200 km da Astenosfera, que são geradas as correntes de convecção, supostamente o mecanismo que proporciona a movimentação das placas tectônicas.

As placas deslizam ou colidem uma contra as outras a uma velocidade variável de 1 a 10 cm/ano. Nas regiões onde elas se chocam ou se atritam, crescem os esforços de deformação nas rochas e, periodicamente nesses pontos, acontecem os grandes terremotos.

Justamente nos limites das placas tectônicas, ao longo de faixas estreitas e contínuas, é que se concentra a maior parte da sismicidade de toda a Terra. É também próximo das bordas das placas que o material fundido (magma), existente no topo da Astenosfera, ascende até a superfície e extravasa-se ao longo de fissuras, ou através de canais para formar os vulcões. Apesar de os terremotos e vulcões normalmente ocorrerem próximo aos limites das placas, excepcionalmente, podem acontecer superterremotos nas regiões internas das placas.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Eras Geológicas....

Através de pesquisas das rochas e dos fósseis, cientistas estimam que a Terra tenha aproximadamente 4 bilhões de anos, durante todo esse período ela passou por grandes transformações, processo classificado como eras geológicas. As diferentes eras geológicas correspondem a grandes intervalos de tempo, divididos em períodos. A alternância das eras geológicas foi estabelecida através de alterações significativas na crosta terrestre, sendo, portanto, classificadas em cinco eras geológicas distintas: Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.

Arqueozoica
A era geológica Arqueozoica é caracterizada pela formação da crosta terrestre, em que surgiram os escudos cristalinos e as rochas magmáticas, nos quais encontramos as mais antigas formações de relevo. Esse período teve início a, aproximadamente, 4 bilhões de anos atrás.
Proterozoica
Estima-se que essa era geológica teve início a cerca de 2,5 bilhões de anos atrás e findou-se há 550 milhões de anos. Durante esse período ocorreu intensa atividade vulcânica, fato que promoveu o deslocamento do magma do interior da Terra para a superfície, originando os grandes depósitos de minerais metálicos, como, por exemplo, ferro, manganês, ouro, etc. Na era geológica do Proterozoico ocorreu grande acúmulo de oxigênio na atmosfera. Também ficou caracterizada pelo surgimento das primeiras formas de vida unicelulares avançadas.

Paleozoica 
A era Paleozoica prevaleceu de 550 a 250 milhões de anos atrás. Nesse período a superfície terrestre passou por grandes transformações, entre eles estão o surgimento de conjuntos montanhosos como os Alpes Escandinavos (Europa). Essa era geológica também se caracteriza pela ocorrência de rochas sedimentares e metamórficas, formação de grandes florestas, glaciações, surgimento dos primeiros insetos e répteis.
Mesozoica 
A era Mesozoica iniciou-se a cerca de 250 milhões de anos atrás, ela ficou marcada pelo intenso vulcanismo e consequente derrame de lavas em várias partes do globo. Também ficou caracterizada pelo processo de sedimentação dos fundos marinhos, que originou grande parte das jazidas petrolíferas hoje conhecidas. Outras características dessa era geológica são: divisão do grande continente da Pangeia, surgimento de grandes répteis, como, por exemplo, o dinossauro, surgimento de animais mamíferos, desenvolvimento de flores nas plantas.

Cenozoica
Essa era geológica está dividida em dois períodos: Terciário (aproximadamente 60 milhões de anos atrás) e Quaternário (1 milhão de anos atrás).
- Terciário: Caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre, fato que originou os dobramentos modernos, com as mais altas cadeias montanhosas da Terra, como os Andes (América do Sul), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia). Nessa era geológica surgiram aves, várias espécies de mamíferos, além de primatas.
- Quaternário: Era geológica que teve início há cerca de 1 milhão de anos e perdura até os dias atuais. As principais ocorrências nesse período foram: grandes glaciações; atual formação dos continentes e oceanos; surgimento do homem.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil
Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/eras-geologicas.htm, acesso em 31/01/2012.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Métodos contraceptivos

Métodos contraceptivos são utilizados para evitar uma gravidez, e a escolha de um método para evitá-la necessita ser feita com auxílio médico, pois ele pode indicar a melhor opção para cada caso.

A prevenção de uma gravidez não planejada é essencial, principalmente para adultos, jovens sexualmente ativos e adolescentes.

É importante saber quais os métodos existentes antes de optar por algum deles. Os métodos contraceptivos são divididos em comportamentais (tabelinha), de barreira (preservativo, diafragma), dispositivo intrauterino, métodos hormonais e cirúrgicos.

O anel vaginal é um método contraceptivo que segue basicamente os mesmos princípios da pílula anticoncepcional, sendo indicado a mulheres que não querem utilizá-la, ou tendem a se esquecer de fazer seu uso diário. Isso porque ele é introduzido na região vaginal, permanecendo ali por três semanas, retirado (momento que ocorre a menstruação) e substituído após uma semana de intervalo. Possui grande eficácia (de 99,6% a 99,8%), não oferece incômodo e tampouco atrapalha o ato sexual.

Transparente, é feito de silicone bastante flexível, de diâmetro externo de 54 mm e espessura de 4 mm. Libera constantemente baixas doses de estrógeno e progesterona, sendo estes absorvidos pela mucosa vaginal, impedindo a ovulação. Também aumentam o muco dessa região, dificultando a passagem dos espermatozoides.

Além disso, diminui o fluxo menstrual e reduz a incidência de cólicas. Como sua absorção não se dá na região gastrointestinal, seus efeitos colaterais tendem a ser mais baixos. Alguns destes são: aumento de peso, acne, alterações de humor, dores nas mamas, dores de cabeça, náuseas, vaginite e expulsão natural do anel.

É contraindicado a mulheres com problemas de varizes, epiléticas, hipertensas, diabéticas, obesas, imunodeprimidas, lactentes e acima do peso.


Importante:

Esse método não previne infecções por micro-organismos causadores de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Como qualquer outro anticoncepcional à base de hormônios, é recomendada a indicação médica.

A camisinha feminina, apesar de não ser tanto popular quanto a masculina, também é um método contraceptivo de barreira, prevenindo assim a contaminação pelo vírus da AIDS e outros micro-organismos causadores de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Lançada no Brasil em dezembro 1997, um dos motivos pela sua aceitação no mercado não ter sido tão boa se refere ao preço, bem mais elevado que o da outra. Além disso, vergonha em adquiri-la, dificuldade no manuseio, e a própria estética também são fatores que contribuíram para tal.

Feita de borracha nitrílica ou poliuretano, é mais resistente, menos espessa, inodora e hipoalergênica. Tem também como vantagem o fato de poder ser utilizada durante a menstruação; cobrir uma área maior, protegendo ainda mais a mulher; e a possibilidade de ser introduzida até oito horas antes da relação sexual. Levando em consideração o argumento de que colocar a camisinha masculina “corta o clima”, esta é uma grande vantagem que a feminina possui.

De tamanho maior que o da camisinha masculina (15 centímetros de comprimento e oito de diâmetro), tem formato cilíndrico, com anéis flexíveis nas extremidades. Uma destas, fechada, será introduzida próximo ao colo do útero; e a outra, ficará disposta fora da vagina. Bastante lubrificada, não fornece desconforto - desde que seja manuseada corretamente.

Após a ejaculação, deve ser retirada. É indicado que se dê uma leve torcida no material, para evitar o vazamento do esperma; embrulhe e deposite no lixo.

Observação: assim como a masculina, a camisinha feminina não deve ser reutilizada.

Coito Interrompido é o método de contracepção que consiste em retirar o pênis da vagina antes da ejaculação para impedir a deposição de sêmen no interior da mesma.

É um método que tem sido utilizado amplamente pelos últimos 2.000 anos, apesar de não ser muito seguro. Além de ser difícil saber o momento certo de retirar o pênis, uma pequena quantidade de esperma pode ser eliminada durante as carícias que antecedem a ejaculação.

As desvantagens que o método pode causar é uma gravidez indesejada, caso o esperma eliminado durante as preliminares caia na região da vagina; às vezes é necessário mais estímulos para a mulher conseguir o orgasmo; não proporciona proteção contras as doenças sexualmente transmissíveis; o homem pode não conseguir controlar a ejaculação.


O diafragma, um método anticoncepcional de barreira, é uma cúpula rasa feita de silicone (ou látex), com bordas firmes e flexíveis. Cobrindo o colo do útero, impede a passagem dos espermatozoides, evitando a fecundação.

Além de prevenir contra a gravidez, não tem efeitos hormonais, seu uso pode ser interrompido a qualquer momento, é relativamente fácil de ser usado, pode ser colocado em até seis horas antes da relação sexual, não é sentido pelo parceiro, e pode durar por até dois anos.
Alguns estudos preliminares afirmam que o diafragma pode diminuir a manifestação de doenças como a gonorreia, doença inflamatória pélvica aguda e câncer de colo de útero, este por evitar uma possível passagem do HPV para esta região. Porém, como a vulva e a parede vaginal não são protegidas, a camisinha se mostra, ainda, o único método anticoncepcional com alta eficácia de prevenção contra DSTs.
Largamente utilizado antes do advento das pílulas anticoncepcionais, este método se mostra seguramente eficaz neste sentido, quando utilizado da forma correta. Quanto a isso, primeiramente a mulher deve se consultar com um médico ginecologista, a fim de verificar se há alguma contraindicação e, caso não exista, receber as orientações de uso e checar o tamanho exato do diafragma que deverá adquirir.

Informações adicionais:

O diafragma deve ser retirado pelo menos seis horas após o coito, não se estendendo por período superior a vinte e quatro horas. No primeiro caso, tal cuidado é para evitar que espermatozoides, ainda vivos, se direcionem às trompas; no segundo, a fim de evitar infecções.

Após a retirada, o diafragma deve ser lavado com água fria e sabão neutro; e secado naturalmente, ou com auxílio de uma toalha macia e limpa. Depois, deve ser guardado em sua caixinha.

Gravidez, aborto, operação do períneo e ganho de peso acima de 5kg requerem uma nova medição para possível mudança de diafragma.


O dispositivo intrauterino, ou DIU, é um artefato feito de polietileno, recoberto por cobre ou com bário e, em alguns casos, pode ser previamente medicado com hormônios. Ele é colocado, cirurgicamente, na cavidade uterina da mulher, a fim de evitar a concepção. Tal procedimento dura apenas alguns minutos, sendo necessária anestesia local.
Sua presença nessa região faz com que o endométrio se apresente hostil aos espermatozoides, debilitando ou exterminando-os, e também evita que, mesmo que ocorra uma fecundação, o óvulo fecundado não se fixe ali. No caso dos que contém hormônios, há também o espessamento do muco cervical, criando uma barreira adicional à passagem destes gametas. Assim, as chances de uma possível gravidez é bem pequena: sua eficácia varia entre 97 e 99,7% para cada um destes tipos, respectivamente.
Além desta vantagem, o DIU é uma opção prática, já que não exige muita disciplina por parte da mulher, como no caso de pílulas orais; é reversível, não interfere nas relações sexuais, e tampouco atrapalha a amamentação.
Apesar de apresentar poucos efeitos colaterais, alguns podem surgir, como: dor pélvica, sangramentos irregulares nos primeiros meses após sua implantação, corrimentos, cólicas e aumento do fluxo menstrual.
Para evitar a possibilidade de provocar um aborto, o dispositivo é colocado durante a menstruação, já que é quase improvável que uma mulher, nestas condições, esteja grávida. Após o parto, ou aborto, também são também bons momentos para o mesmo ser implantado. Em geral, um único DIU dura, em média, de quatro a dez anos, sendo necessárias revisões periódicas de pelo menos duas vezes ao ano.
Assim como muitos métodos anticoncepcionais, seu uso pode não ser indicado a alguns grupos de mulheres, como gestantes, aquelas que já tiveram infecções tubárias ou uterinas, ou gravidez ectópica; e as que possuem anormalidades no útero, anemia, câncer ginecológico e alergia ao cobre. Alguns médicos também não recomendam o uso àquelas mulheres que nunca tiveram filhos, já que há uma maior probabilidade do artefato ser rejeitado pelo útero, o que pode provocar infecções, gravidez, ou mesmo problemas futuros de infertilidade.
Obviamente, vale lembrar que o DIU não é eficaz na prevenção contra a AIDS e outras DSTs.

A laqueadura, também conhecida por ligadura de trompas, é um processo cirúrgico feito com objetivo contraceptivo, ou seja, que impede que a mulher engravide novamente. Nesse procedimento, as tubas uterinas são obstruídas, cortadas e/ou amarradas, impedindo a descida do óvulo e subida do espermatozoide, tendo como resultado um índice de concepção menor que 1%.
Ela pode ser feita a partir de corte cirúrgico no abdome, por laparoscopia ou via vaginal, e a cirurgia dura, em média, quarenta minutos. É necessário o uso de anestesias, geralmente do tipo raquidiana, e internação de pelo menos meio-dia. Após a cirurgia são necessários dez dias de repouso. É importante que a mulher não tenha relações sexuais por cerca de uma semana, e seja utilizada camisinha por aproximadamente um mês, em todas as relações. A menstruação e suas atividades hormonais raramente são afetadas.
Nosso país é campeão em laqueaduras, apresentando cerca de 40% das mulheres, em idade reprodutiva, esterilizadas. O problema disso é que, em inúmeros casos, e por “n” fatores, a mulher deseja, novamente, ter condições de engravidar. Assim, além de existirem poucos centros de saúde capazes de realizar o procedimento reverso, somente em metade dos casos podem ser feitas tais cirurgias e nem todas com sucesso. Além disso, esse procedimento pode ser arriscado e, em algumas situações, inviável – sem contar que propicia, também, a gravidez tubária.
Considerando o exposto, nota-se a necessidade de a mulher analisar se, de fato, essa é a melhor forma de evitar a contracepção. Quanto a isso, a Lei Federal 9263, de 1996, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências: anuncia que esse procedimento só é permitido a mulheres maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos e/ou aquelas que possuam doença capaz de provocar riscos à sua saúde ou à de um possível futuro bebê - como diabetes descompensada, histórico de eclampsia e pressão alta. Além disso, define que a solicitante assine um documento que apresenta os riscos e as implicações do procedimento, e só autoriza a cirurgia pelo menos sessenta dias após a assinatura desse termo de compromisso.
Testar outros métodos contraceptivos, como o DIU e as pílulas orais ou injetáveis, pode ser uma maneira de, pelo menos a priori, evitar a laqueadura.
Em situações nas quais a reversão não é viável, ou não houve sucesso nessa cirurgia, a mulher pode recorrer à inseminação artificial.

O método de ovulação de Billings, ou MOB, é uma maneira comportamental e natural de prevenir a gravidez, já que se baseia em evitar relações sexuais em determinados períodos de cada ciclo menstrual, de acordo com a análise do muco cervical feminino; sem a utilização de métodos de barreira ou hormonais e, tampouco, intervenções cirúrgicas.
É um método bastante incentivado por grupos religiosos, principalmente por católicos, e tem a vantagem de ser simples, sem ônus e também a de permitir que a mulher conheça melhor o funcionamento do seu corpo. Além disso, pode ser aplicado pelos casais no momento em que acharem oportuno ter filhos, e incentiva o diálogo e respeito, uma vez que o ato de conceber ou não dependerá do consenso e conduta dos dois.

A mulher tem sensações diferentes nas fases do ciclo menstrual, devendo ficar atenta a estes sinais. Logo após a menstruação, não há formação de muco na vagina. Entretanto, ele vai surgindo no decorrer dos dias. Primeiramente, em pouca quantidade e, depois, em maior quantidade e também mais espesso. Esses são os períodos próximos à ovulação: fase mais fértil do ciclo menstrual, que ocorre na metade desse período.

Quando este evento ocorre, ela tem uma sensação de umidade na região vaginal e o muco apresenta aspecto e consistência de clara de ovo. Ele tem a função de nutrir, proteger, selecionar e conduzir espermatozoides até as tubas uterinas. Assim, é nesta época em que contatos genitais não devem ser feitos, caso o casal não deseje ter filhos.

Como exige bastante conhecimento de seu próprio corpo e autocontrole, existem mulheres cuja ovulação não é regulada e, ainda, aquelas que possuem problemas de saúde que podem desencadear no aumento do muco da vagina; este método tem entre 3 e 25% de falha, já que depende mais da observação da mulher e do casal, do que do método em si. Assim, caso opte pelo MOB, pode ser interessante buscar um acompanhamento, seja pelo médico ou uma instrutora. Muitas igrejas oferecem, gratuitamente, cursos e orientações que contemplam esta questão.
É importante lembrar que o Billings, assim como os outros métodos contraceptivos, exceto a camisinha, não protegem contra a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis.

A pílula do dia seguinte, ao contrário do que muitos imaginam, não deve ser considerada um método contraceptivo. Isso porque se trata de um fármaco que deve ser utilizado somente em situações emergenciais, como estupro, ou quando o método habitual falhou e uma possível gravidez não seria muito bem-vinda.
Dependendo da marca, tal fármaco pode ser comercializado em dose única ou fracionado em duas pílulas. Elas devem ser tomadas em no máximo 72 horas após o coito desprotegido. Quanto mais rápido isto ocorrer, menores as chances de se engravidar.
Composto por alta dosagem de hormônios, proporcional a pelo menos meia cartela de pílulas anticoncepcionais, tal método agirá no organismo feminino de formas diferentes, de acordo com a etapa do ciclo menstrual em que a mulher se encontra. Assim, pode:
- Impedir a liberação do ovócito, caso a mulher não tenha ovulado;
- Alterar a secreção vaginal, tornando hostil o trajeto dos espermatozoides;
- Alterar o endométrio (parede interna do útero), impedindo a fixação do ovócito já fecundado (nidação), sendo ele eliminado juntamente com a menstruação.
Como a nidação é pré-requisito para se considerar que a gravidez foi, de fato, consumada, a pílula do dia seguinte não pode ser considerada abortiva. Aliás, é válido lembrar que, caso tal evento já tenha ocorrido, seu uso não será capaz de impedir a gestação e, felizmente, não causará danos ao embrião.

Como possui alta dosagem hormonal, a pílula do dia seguinte tende a desregular o ciclo menstrual, sendo tal fato agravado quanto mais frequente for seu uso. Dessa forma, tanto a previsão da data da próxima menstruação quanto o cálculo do período fértil podem ser prejudicados, aumentando as chances de uma possível futura gravidez, caso não seja feito o uso de algum método contraceptivo confiável nas relações sexuais seguintes.
Ela também apresenta efeitos colaterais, como enjoos, inchaços, cólicas, sangramentos irregulares e até mesmo vômitos (neste último caso, se ocorrer até duas horas após sua ingestão, ela deve ser ingerida novamente). Além disso, trombose, derrame, dentre outros problemas mais sérios, também podem se manifestar, principalmente em casos em que a mulher utiliza por mais de três vezes, ao ano, tal método.
Para finalizar, é necessária a pontuação de que tal fármaco não protege contra doenças sexualmente transmissíveis!

Os anticoncepcionais são amplamente utilizados por uma grande quantidade de mulheres como forma de prevenir a gravidez e também os sintomas da TPM, acne, endometriose, cólica e síndrome dos ovários policísticos. Versatilidade, praticidade e alta eficácia são os principais fatores que levam as mulheres, orientadas por seus médicos, a optarem por eles. 
Geralmente em forma de pílulas, estas possuem derivados sintéticos de hormônios que impedem a ação do LH e FSH, inibindo o amadurecimento dos óvulos e, consequentemente, a ovulação. 
Uma cartela costuma ter 21, 24 ou 28 pílulas. No caso destes dois primeiros exemplos, a mulher deve ingerir a primeira no início da menstruação, e continuar seu uso, sempre no mesmo horário, até o fim da cartela. Após este período, deve haver uma pausa de uma semana - ou quatro dias, no caso da cartela de 24 pílulas - retornando logo em seguida. A menstruação ocorre no intervalo entre uma cartela e outra. Se tratando de 28 pílulas, estas devem ser ingeridas sem intervalos entre cartelas sendo que, ao final de cada uma delas, a menstruação ocorre. 
No caso de se esquecer da ingestão de uma das pílulas, em um intervalo menor do que 12 horas, o ideal é tomá-la assim que se lembrar. Caso este horário seja extrapolado, é interessante também adotar um método de barreira, como a camisinha, por uma semana. 
Assim como qualquer outro fármaco, o uso da pílula anticoncepcional só deve ser feito sob orientação médica, principalmente considerando que se trata de um método hormonal, e que pode causar efeitos colaterais indesejáveis, e até mesmo graves. Além disso, seu uso concomitante com outros medicamentos, ou a utilização desta por determinados grupos de pessoas, pode interferir na eficácia do método, ou mesmo causar problemas de saúde. Mulheres fumantes e usuárias de pílulas anticoncepcionais, por exemplo, têm mais probabilidade de sofrerem de tromboses e embolias pulmonares. 
Observação: a pílula anticoncepcional não previne doenças sexualmente transmissíveis.


A tabelinha é um método que se baseia no cálculo dos dias em que provavelmente estará mais apta a engravidar, caso tenha relações sexuais desprotegidas. Assim, pode ser utilizada tanto para este fim quanto para a contracepção.
A mulher geralmente está fértil no meio do ciclo menstrual, quando ocorre a ovulação. Para saber, com precisão, se seu ciclo é regulado e de quantos dias ele é; o ideal é anotar, durante seis meses, o dia do início de cada menstruação. Ao final, você deve contar o intervalo de dias entre o início de duas menstruações consecutivas. Estes correspondem ao seu ciclo menstrual.
Como a grande maioria dos ciclos variam entre 28 e 31 dias, do 14º ao 16º dia são os dias mais férteis. Assim, para evitar a gravidez, você e seu parceiro não devem ter relações sexuais nestes dias.


A vasectomia é o nome dado ao processo de esterilização masculina, feito cirurgicamente. Ele seria, grosso modo, a versão masculina da ligadura de trompas, também chamada de laqueadura.
Para entender melhor sobre tal assunto é necessário recordar alguns aspectos relacionados ao sistema genital masculino:
- Os gametas masculinos são denominados espermatozoides. Eles são produzidos nos testículos, mais especificamente nos túbulos seminíferos.
- Após sua formação, os espermatozoides são direcionados, pelos ductos eferentes, até o epidídimo, adquirindo mobilidade.
- Durante o processo de ejaculação, os ductos deferentes são as estruturas responsáveis por levar os gametas masculinos do epidídimo até a uretra.
Baseado nestas questões anatômicas masculinas, a vasectomia consiste na retirada de um pedaço de cada um dos ductos deferentes, sendo amarradas, ou cauterizadas, as suas partes remanescentes, evitando sua recanalização. Assim, após tal procedimento, os espermatozoides não farão mais parte do sêmen.
Esse procedimento dura cerca de vinte minutos e não necessita de internação hospitalar. A anestesia é local e logo após a cirurgia a pessoa já pode deixar a clínica ou hospital.
É importante ressaltar que, por aproximadamente dois meses, o casal deve fazer o uso de algum método contraceptivo, já que pode haver espermatozoides remanescentes.
Vale lembrar que a vasectomia não interfere no volume do sêmen e, tampouco, na ereção e libido masculina.
Importante:
A vasectomia é um procedimento cuja reversão, a vaso-vasostomia (ou vasoanastomose), é mais delicada, é significantemente cara, e apresenta eficácia relativamente baixa - principalmente em se tratando de homens que se submeteram à cirurgia há muitos anos. Assim, caso o homem, ou casal, opte por ela, é importante ter ciência disso.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin,  que secretam um muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. 
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem. 

Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos que serão vistos mais adiante.

No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os  ovócitos primários -  encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf  ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação,  rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gaemta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno.  Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. 
O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias.  

Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.  

Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida.  É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sistema Reprodutor Masculino

Os órgãos do sistema reprodutor masculino  produzem os gametas por meio da gametogênese e são anatomicamente moldados para inserir estes gametas no sistema reprodutor feminino para que haja fecundação e continuidade da espécie.
As gônadas masculinas, ou testículos, são órgãos sexuais principais, pois produzem os gametas e s hormônios que definem as características sexuais secundárias. O epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbo uretrais, escroto e pênis são chamados de órgãos sexuais acessórios.

Embriologia

O sexo do embrião  é definido durante a fertilização, mas as estruturas reprodutivas só vão se desenvolver após a 8ª semana de gestação. Este período é chamado de período indiferenciado e é onde as gônadas começam a se diferenciar.
Após esse período, os canais seminíferos são formados, a partir do ducto mesonéfrico, que forma também os canais eferentes, epidídimo e o ducto deferente. As gônadas se diferenciam em testículos e passam a produzir hormônios masculinos, que controlam o desenvolvimento dos genitais externos. O pênis se origina de uma estrutura chamada tubérculo genital. O escroto se desenvolve a partir das dobras labioescrotais. Após essa formação os testículos são inseridos.

Espermatogênese

É a produção de gametas masculinos, os espermatozóides, a partir de divisões celulares e mediada por hormônios.

Espermatozóide

O espermatozóide é a célula reprodutiva formada durante a gametogênese. Espermatozóides normais de seres humanos possuem 23 cromossomos.
O espermatozóide é composto pelas seguintes partes: a cabeça possui um núcleo e é coberta pelo capuz acrossômico, que possui enzimas que ajudam o espermatozóide penetrar no óvulo. O colo é a região que vem logo após a cabeça, seguida pela peça intermediária, que possui mitocôndrias que proporcionam energia para a movimentação do flagelo. O espermatozóide possui pouco citoplasma, por isso não sobrevive por muito tempo. A nutrição é retirada do sêmen.

Sêmen

As glândulas acessórias (vesículas seminais, próstata e glândula bulbouretral) produzem várias secreções que se misturam com os espermatozóides durante a passagem pelos canais e funcionam como nutrientes para os espermatozóides. Possui pH alcalino para protegê-los da acidez do pH vaginal.

Epidídimo

O epidídimo recebe os espermatozóides produzidos pelo testículo e serve como local de reserva de espermatozóides pos é um tubo muito longo. A musculatura lisa do epidídimo tem contrações que ajudam no transporte dos espermatozóides e na ejaculação. O processo de maturação dos espermatozóides ocorre durante sua passagem pelo epidídimo.

Ducto deferente

O epidídimo continua no ducto deferente, que desemboca na uretra prostática e é formado por músculo liso. Antes de penetrar na próstata, o tubo se alonga formando uma ampola, que se liga a vesícula seminal, segue penetrando na próstata ate chegar à região prostática da uretra. Na região intraprostática recebe o nome de ducto ejaculatório. Os músculos lisos do ducto deferente sofrem contrações durante a ejaculação.

Glândulas acessórias

- Vesículas seminais
As vesículas seminais são duas bolsas que secretam um líquido viscoso composto principalmente por frutose,prostaglandinas e várias proteínas que fornecem nutrição e energia para o espermatozóide. Localizam-se lateralmente aos ductos deferentes. A secreção das vesículas seminais é controlada pela testosterona.

- Próstata
A próstata produz o líquido prostático e se localiza próxima ao reto. Este líquido secretado é alcalino e leitoso, contribuindo na composição do sêmen.

- Glândulas bulbouretrais
São duas pequenas glândulas (do tamanho de ervilhas) que se localizam abaixo da próstata. Secretam um muco claro e tem função lubrificante.

Pênis

O pênis é formado pelas seguintes partes: glande, prepúcio, corpo cavernoso, corpo esponjoso e bulbo.
A glande é a extremidade do pênis, coberta por uma pele, chamada prepúcio. Os dois corpos cavernosos e o corpo esponjoso possuem espaços esponjosos que se enchem de sangue, causando a ereção. O canal da uretra passa por entre esses tecidos eréteis. O bulbo é a região alargada do corpo esponjoso, na sua região proximal (base do pênis).



Fonte: www.infoescola.com 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

SISTEMA RESPIRATÓRIO

SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.
Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.

Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.

Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.


Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdomen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.  Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma .

Ventilação pulmonar
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com conseqüente redução da pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.

A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa torácica, com conseqüente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.


Transporte de gases respiratórios
O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína presente nas hemácias. Cada molécula de hemoglobina combina-se com 4 moléculas de gás oxigênio, formando a oxi-hemoglobina.


Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sangüíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico (CO2) é liberado para o ar (processo chamado hematose)


Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo líquido tissular, atingindo as células. A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%) liberado pelas células no líquido tissular penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se para o plasma sangüíneo, onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos associam-se à própria hemoglobina, formando a carboemoglobina.  O restante dissolve-se no plasma.



OBS: O monóxido de carbono, liberado pela “queima” incompleta de combustíveis fósseis e pela fumaça dos cigarros entre outros, combina-se com a hemoglobina de uma maneira mais estável do que o oxigênio, formando o carboxiemoglobina. Dessa forma, a hemoglobina fica impossibilitada de transportar o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia. Veja as tabelas abaixo, retiradas da prova do ENEM de 98:
Um dos índices de qualidade do ar diz respeito à concentração de monóxido de carbono (CO), pois esse gás pode causar vários danos à saúde. A tabela abaixo mostra a relação entre a qualidade do ar e a concentração de CO.
Qualidade do ar
Concentração de CO – ppm* (média de 8h)
Inadequada
15 a 30
Péssima
30 a 40
Crítica
Acima de 40
* ppm (parte por milhão) = 1 micrograma de CO por grama de ar 10 –6 g

Para analisar os efeitos do CO sobre os seres humanos, dispõe-se dos seguintes dados:
Concentração de CO (ppm)
Sintomas em seres humanos
10
Nenhum
15
Diminuição da capacidade visual
60
Dores de cabeça
100
Tonturas, fraqueza muscular
270
Inconsciência
800
Morte


Controle da respiração
Em relativo repouso, a freqüência respiratória é da ordem de 10 a 15 movimentos por minuto.
A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso localizado no bulbo. Desse centro partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios (diafragma e músculos intercostais). Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da coluna espinhal para os músculos da respiração. O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os sinais respiratórios através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinhal na metade superior do pescoço e dirige-se para baixo, através do tórax até o diafragma. Os sinais para os músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais, são transmitidos para a porção baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais que inervam os músculos. Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral podem afetar a respiração. Em condições normais, o centro respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos inspirar. O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto a freqüência como a amplitude dos movimentos respiratórios, pois  possui quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade permite que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico. Quando o sangue torna-se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o centro respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a freqüência quanto a amplitude da respiração tornam-se aumentadas devido à excitação do CR.
Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminuição da freqüência e amplitude respiratórias.
A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do sangue.
O aumento da concentração de CO2 desloca a reação para a direita, enquanto sua redução desloca para a esquerda.
Dessa forma, o aumento da concentração de CO2 no sangue provoca aumento de íons H+ e o plasma tende ao pH ácido. Se a concentração de CO2 diminui, o pH do plasma sangüíneo tende a se tornar mais básico (ou alcalino).
Se o pH está abaixo do normal (acidose), o centro respiratório é excitado, aumentando a freqüência e a amplitude dos movimentos respiratórios. O aumento da ventilação pulmonar determina eliminação de maior quantidade de CO2, o que eleva o pH do plasma ao seu valor normal.
Caso o pH do plasma esteja acima do normal (alcalose), o centro respiratório é deprimido, diminuindo a freqüência e a amplitude dos movimentos respiratórios. Com a diminuição na ventilação pulmonar, há retenção de CO2 e maior produção de íons H+, o que determina queda no pH plasmático até seus valores normais.
A ansiedade e os estados ansiosos promovem liberação de adrenalina que, freqüentemente levam também à hiperventilação, algumas vezes de tal intensidade que o indivíduo torna seus líquidos orgânicos alcalóticos (básicos), eliminando grande quantidade de dióxido de carbono, precipitando, assim, contrações dos músculos de todo o corpo.
Se a concentração de gás carbônico cair a valores muito baixos, outras conseqüências extremamente danosas podem ocorrer, como o desenvolvimento de um quadro de alcalose que pode levar a uma irritabilidade do sistema nervoso, resultando, algumas vezes, em tetania (contrações musculares involuntárias por todo o corpo) ou mesmo convulsões epilépticas.
Existem algumas ocasiões em que a concentração de oxigênio nos alvéolos cai a valores muito baixos. Isso ocorre especialmente quando se sobe a lugares muito altos, onde a pressão de oxigênio é muito baixa ou quando uma pessoa contrai pneumonia ou alguma outra doença que reduza o oxigênio nos alvéolos. Sob tais condições, quimiorreceptores localizados nas artérias carótida (do pescoço) e aorta são estimulados e enviam sinais pelos nervos vago e glossofaríngeo, estimulando os centros respiratórios no sentido de aumentar a ventilação pulmonar.
A capacidade e os volumes respiratórios
O sistema respiratório humano comporta um volume total de aproximadamente 5 litros de ar – a capacidade pulmonar total. Desse volume, apenas meio litro é renovado em cada respiração tranqüila, de repouso. Esse volume renovado é o volume corrente
Se no final de uma inspiração forçada, executarmos uma expiração forçada, conseguiremos retirar dos pulmões uma quantidade de aproximadamente 4 litros de ar, o que corresponde à capacidade vital, e é dentro de seus limites que a respiração pode acontecer.

Mesmo no final de uma expiração forçada, resta nas vias aéreas cerca de 1 litro de ar, o volume residual.
Nunca se consegue encher os pulmões com ar completamente renovado, já que mesmo no final de uma expiração forçada o volume residual permanece no sistema respiratório. A ventilação pulmonar, portanto, dilui esse ar residual no ar renovado, colocado em seu interior
O volume de ar renovado por minuto (ou volume-minuto respiratório) é obtido pelo produto da freqüência respiratória (FR) pelo volume corrente (VC): VMR = FR x VC.
Em um adulto em repouso, temos:
FR = 12 movimentos por minuto
VC = 0,5 litros
Portanto: volume-minuto respiratório = 12 x  0,5 = 6 litros/minuto
Os atletas costumam utilizar o chamado “segundo fôlego”. No final de cada expiração, contraem os músculos intercostais internos, que abaixam as costelas e eliminam mais ar dos pulmões, aumentando a renovação.